Page 119 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO III  A AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO MÉDICA NO BRASIL



           sujeitos  ativos,  que  participavam  de  forma  comprometida  em  todos  os
           momentos da avaliação, favorecendo inclusive a meta-avaliação da proposta.
                Ainda em 2007,  a ABEM pretendia expandir o movimento  iniciado
           com o projeto ampliando o número de escolas participantes, e conseguindo
           financiamento para que pudesse viabilizar as ações já previstas e realizar
           visitas às escolas, de forma a acompanhar e apoiar de forma mais efetiva o
           processo avaliativo, complementando-o com a avaliação externa.
                Em uma primeira avaliação  da própria Comissão,  foi  reconhecida  a
           necessidade de reforçar o embasamento e a socialização dos novos conceitos
           que  as  mudanças  exigiam  e  que  dariam  suporte  às  escolas  médicas  na
           implementação das mudanças visando atender às Diretrizes Curriculares de
           2001. Além disso, era necessário ampliar os horizontes do projeto, não só
           aumentando o número de escolas, mas ampliando a participação dos diversos
           segmentos em cada escola de modo a fortalecer o processo envolvendo mais
           instituições e mais pessoas comprometidas com a avaliação:


                     (...) outras necessidades, igualmente identificadas, neste movimento, foi o
                     de: propiciar que outras escolas façam adesão ao Projeto, envidar esforços
                     para tornar este processo mais participativo e representativo dentro de
                     cada escola, construir o consenso em torno de avaliação como processo,
                     manter a qualidade do trabalho e identificar pessoas e instituições que
                     possam  somar  com  apoios  e  contribuições  neste  processo  construtivo.
                     (ABEM, 2007)


                Para a  ABEM, a avaliação  desenvolvida nessa  perspectiva  poderia
           contribuir  substancialmente  para  a  qualificação  da  Educação  Médica
           brasileira, pois permitiria que a escola se conhecesse melhor, identificasse
           suas fragilidades  e potenciais,  e construísse  caminhos  para a superação,
           tendo como parâmetro o ideal de uma escola que atenda de forma plena às
           diretrizes curriculares e acompanhe as mudanças da Educação Médica no
           contexto mundial.



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