Page 125 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO IV UMA EXPERIÊNCIA DE MUDANÇA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
O Currículo integrado passou a exigir uma dedicação maior do docente
em termos de carga horária e uma preparação pedagógica específica. Nos
anos que antecederam a mudança foram realizados diversos cursos de
capacitação docente em metodologias de ensino-aprendizagem ativas e
centradas no estudante, treinamento de tutores, avaliação do desempenho
do estudante, entre outros, para atender às novas demandas.
O Curso contava ainda com o trabalho de 102 pessoas, entre técnico-
administrativos e profissionais de nível superior dos diversos setores da UEL/
HU que atuavam no curso, tais como: Colegiado do Curso; Departamentos
do CCS; Facilidades Acadêmicas do Ambulatório do Hospital das Clínicas;
Laboratórios de Práticas do CCB e CCE, Laboratórios de Ciências-Cirúrgicas
do CCS, Audiovisual do CCS, Biblioteca Central e Setorial e Hospital
Universitário (comissão de controle de infecção hospitalar, patologia clínica
e serviço de arquivo médico e de estatística).
Na época eram oferecidas 80 vagas ao ano em turno integral e regime
seriado, tendo 501 alunos distribuídos entre a 1ª e a 6ª séries. Até aquele
momento, o curso havia formado 54 turmas, totalizando 2.624 médicos.
Destas, quatro turmas haviam sido formadas pelo novo Currículo, o que
representava 320 médicos com o novo perfil. Hoje já são mais de 5.000
médicos formados pela UEL, mais da metade pelo currículo integrado.
No último vestibular (2020) o curso teve 7.530 candidatos inscritos, se
mantendo como um dos mais concorridos do país – 170,5 candidatos para
cada uma das 44 vagas.
O Curso era e ainda é administrado por uma estrutura Colegiada,
da qual fazem parte representantes de todas as disciplinas que fornecem
docentes para as atividades acadêmicas, bem como representantes dos
estudantes. Esse Colegiado é coordenado por uma Comissão Executiva
composta de representantes de todas as disciplinas que fornecem docentes
para as atividades acadêmicas, e representantes dos estudantes.
A escolha do coordenador e vice-coordenador sempre foi um processo
democrático, sendo feita pelos membros do colegiado. Desta forma, não
existe um perfil estabelecido para o coordenador, entretanto se buscava
eleger professores com conhecimento do contexto nacional e internacional
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