Page 72 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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então, a cada ano o Edital do ENADE vem sendo publicado, estabelecendo
            as regras específicas de sua realização (data, local, inscrições, obrigações das
            IES e dos estudantes, entre outras) e a relação de cursos a serem avaliados.
                 Nesse período (2007-2017), mesmo com altos e baixos, a CONAES,
            juntamente com o INEP, e com os professores que compõem o banco de
            avaliadores,  foram capazes de dar continuidade  ao trabalho, garantindo
            a evolução histórica dos resultados de cada instituição,  compostos  pela
            autoavaliação, avaliação externa, Enade, Avaliação dos cursos de graduação
            e instrumentos de informação,  como  o censo  e o cadastro.  De  acordo
            com  a normativa  vigente,  os  resultados,  materializados  nos  conceitos
            das avaliações,  subsidiam  os  atos  de regulação,  que compreendem  Atos
            Autorizativos e Atos Regulatórios. Os Atos Autorizativos são responsáveis
            pelo  credenciamento  das  IES,  autorização  e  reconhecimento  de  cursos,
            enquanto os Atos Regulatórios são voltados para o recredenciamento de IES
            e renovação de reconhecimento de cursos (parte do ciclo trienal do SINAES,
            com base nos cursos contemplados no Enade a cada ano).
                 Como se verifica, a concepção do SINAES conferiu um outro patamar
            para a Avaliação  da Educação Superior  brasileira.   No que  diz respeito
            aos processos de autoavaliação, o PAIUB já previa diretrizes e princípios
            semelhantes. No entanto, acreditava-se que com o processo de avaliação
            externa, o SINAES poderia avançar ainda mais, garantindo o atendimento
            aos princípios estabelecidos na avaliação de cursos.
                 Na época deste estudo,  as instituições  responderam de forma
            muito  positiva,  e  enviaram  seus  projetos  à  CONAES,  que  trabalhou  na
            regulamentação dos processos e na orientação às IES desde sua constituição.
            O desafio que se desenhava era saber como se desenvolveriam as avaliações
            e como seus resultados seriam utilizados pelas próprias instituições e pelo
            governo. Sua manutenção e fortalecimento, indica que, para além de ser uma
            política de governo, está se tornando efetivamente uma política de estado.










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