Page 170 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
P. 170
O Encontro, organizado pela Faculdade de Medicina da Universidade
de la Republica (Montevidéu), com o apoio da OPS, da FEPAFEM e da
ALAFEM, foi marcado por manifestações iniciais de disposição de se
superarem as diferenças. Juan D. Cobelo, presidente da ALAFEM, disse
que “(...) la urgencia de empreender reformas mas allá de lo curricular
para dar respuesta a las necesidades en relación a los cambios en la
práctica médica y a las tendencias de reorientación sectorial (...) toca a
nosotros dar solución a nuestros problemas com una estrategia de unidad
de acción (...)” (OPS, 1997).
Na mesma oportunidade, Benedictus Philadelpho de Siqueira,
presidente da FEPAFEM, disse que “Asistimos hoy a una conferencia
historica, pues, durante décadas, ALAFEM y FEPAFEM marcharam
separadas (...) nuestra esperanza es que surjan diretrices capaces de ayudar
a las escuelas a enfrentar el desafio de formar un profesional capaz de
proporcionar una atención médica de calidad y que busque la universalidad
de la atención con equidad (...) la educación medica solamente logrará
sus objetivos superando intereses de grupo particularistas y estando al
servicio de las necesidades sociales” (OPS, 1997).
O evento realizou-se em quatro momentos: 1.°) momento político-
conceitual (no qual analisou-se o contexto externo, avaliando a necessidade
de mudança na educação e na prática médica, considerando as reformas
do setor saúde e as necessidades sociais); 2.°) momento metodológico
(no qual se discutiu a aplicabilidade dos critérios de qualidade para o
aperfeiçoamento da educação médica); 3.°) momento aplicativo (no qual
foram consideradas as soluções operacionais, as distintas orientações
adotadas nos países em relação a um novo mandato de qualidade para
a educação médica e o estabelecimento de mecanismos de regulação
e controle) e 4.°) momento declaratório. O tema central do evento foi
“Educação, Prática Médica e Necessidades Sociais: Rumo a uma Nova
Visão de Qualidade”.
Reconhecendo que a maioria dos países da região já havia
iniciado processos de avaliação da educação superior, no sentido de criar
mecanismos de credenciamento das instituições e que alguma forma de
classificação das escolas médicas resultará desse processo, a OPS alertava,
142 143