Page 224 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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Educacional do MERCOSUL e o Projeto de Avaliação das Tendências de
         Mudanças das Escolas Médicas, coordenado pela ABEM.
               Orientada pelo Professor José Dias Sobrinho, renomado especialista
         na área da avaliação educacional, acompanhou de perto as discussões e
         iniciativas que aconteceram no início dos anos 2000, que resultaram na
         aprovação da nova proposta de avaliação da educação superior nacional,
         ocorrida em 2003, e que culminaram com a implantação do Sistema
         Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, pelo Ministério
         da Educação em 2004.
                 Nesse contexto, diz a Professora Gianna, “Não basta adotar novas
         metodologias de ensino ou promover mudanças curriculares, ainda que
         estas estejam amparadas em processos participativos. É preciso ousar!
         (...) É preciso romper com o modelo tradicional e combinar iniciativas
         que se traduzam em uma grande transformação. (...) O curso teve a
         ousadia necessária para enfrentar esse desafio e implantar um currículo
         integrado que extinguiu disciplinas, rompeu com a dicotomia teoria e
         prática, introduziu novos cenários de ensino, tornou o estudante sujeito
         do processo de ensino-aprendizagem, capacitou docentes, adotou nova
         concepção de avaliação, fortaleceu ideias, rompeu com a estrutura
         institucional, conquistou estudantes, favoreceu relações, avançou, recuou,
         enfrentou resistências (continua enfrentando), e se projetou no cenário
         nacional. Enfim, transformou a formação do futuro médico”.
                 Na continuidade, escreveu a autora: “Este é um processo
         permanente de mudança que precisa ser acompanhado e avaliado. (...)
         Com esse desafio e acompanhando as discussões no âmbito nacional
         sobre a avaliação da educação superior, que resultaram na implantação
         do SINAES, surgia naquele momento a oportunidade de vivenciar uma
         experiência de avaliação democrática, participativa e formativa. (...) Mais
         do que acompanhar a avaliação de um curso de graduação, o que se
         configurou foi a possibilidade de participar ativamente de um processo
         de avaliação de um curso em transformação, que desenvolve um novo
         projeto de educação superior. (...) Para entender a complexidade dessa
         problemática, procurou-se contextualizar a avaliação na Educação Superior
         brasileira e a avaliação da Educação Médica, chegando na avaliação do
         curso, complementada pela análise do desempenho de seus estudantes
         em comparação com estudantes de outras escolas médicas do país”.
                 A Professora Gianna finaliza seu trabalho dizendo que


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