Page 119 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Em relação aos módulos temáticos, relata-se que boa parte
dos tutores não incentiva a questão da avaliação. E os estudantes se queixam
de que a avaliação comporta a seguinte divisão: o grupo dos melhores, o
grupo intermediário e o grupo dos piores. Observa-se uma grande dificuldade
dos tutores em fazer a avaliação individual dos oito estudantes que compõem
o grupo sob sua responsabilidade.
Mesmo tendo que fazer uma prova, teórica ao final do módulo,
os estudantes elogiam a avaliação quando ela é bem elaborada. O relato a
seguir ilustra esta avaliação positiva:
Não querendo generalizar, eu acho que aluno, ele só corre atrás
quando ele é cobrado. Acho que há necessidade da avaliação
formativa, é fundamental, porque eu sou aluno e sei que se me
cobrarem um assunto que eu estou estudando, eu vou estudar muito
mais. Então, acho que é importante, não pode deixar de faltar.
Talvez com um peso menor do que a avaliação somativa. Porque aí,
como é Saúde Coletiva, você vai ter que formar a cabeça do aluno.
Aí, sim, você vai ter que ver como que ele está se comportando,
como é o comportamento dos seus colegas multiprofissionais, o
comportamento com o paciente, a equipe de Enfermagem da UBS.
Então aí eu acho que o peso da somativa poderia ser maior do que a
formativa. Mas, eu acho que deixar de lado a formativa, não dá. E,
tirando a conclusão de tudo isso, daria pra fazer os fóruns que a
gente geralmente costuma fazer para tirar as conclusões, mas
avaliações de aluno acho que tem de envolver a formativa e a
somativa juntas. (EUEL4)
Mesmo que o modelo curricular adotado seja centrado no
estudante, dependendo das características do tutor, alguns procedimentos de
avaliação podem ser desenvolvidos, o que acontece também em relação aos
instrutores do PIN.
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