Page 128 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            utilização  pelos  estudantes  acabou  se  configurando  também  como  uma

                            estratégia para gostar de estudar e se organizar, para com isso ir descobrindo

                            o prazer de ler e os mecanismos de estudo auto-dirigido. É o que sugere o

                            depoimento abaixo:



                                    Eu  acho  que  esse  movimento  que  existe  através  das  comissões  do
                                    curso  propicia  com  que  os  docentes  da  Saúde  Coletiva  possam
                                    permanentemente estar se capacitando, revendo, a sua inserção no
                                    curso, fazendo as mudanças necessárias. E, além disso, a questão de
                                    hoje se ter uma assessora pedagógica que vem com uma proposta de
                                    assessoria  a  essas  comissões,  e  que  traz  discussões  importantes
                                    como  avaliação,  portfólio  que  eu  tenho  acompanhado,  dá  uma
                                    oxigenada, uma motivada, faz com que os docentes se insiram mais e
                                    se capacitem mesmo para a proposta do curso. Nós temos docentes
                                    da  Saúde  Coletiva  tanto  na  Comissão  de  Avaliação  quanto  na
                                    Comissão  de  Capacitação  Docente,  portanto  em  relação  aos
                                    docentes  da  Saúde  Coletiva,  hoje,  se  a  gente  for  avaliar,  a
                                    participação  deles  é  muito  mais  nessas  comissões  que  dão
                                    direcionalidade,  que  vão  formatando  o  curso  do  que  mais
                                    especificamente na graduação. Acho que se a gente fosse avaliar o
                                    que tem pesado mais, não em termos de carga horária simplesmente,
                                    mas  em  termos  de  contribuição  para  a  formação  do  aluno  de
                                    Medicina,  eu  acho  que  são  nessas  comissões  em  termos  de
                                    resguardar e assegurar o desenvolvimento do projeto pedagógico do
                                    curso. (GUEL2)


                                            Um  aspecto  importante  que  foi  comentado  refere-se  à


                            formação mais tradicional do interno.  No Internato, os estudantes, nas duas

                            últimas  séries  do  curso,  passam  por  estágios  em  tempos  variáveis  nas

                            diversas  clínicas  do  hospital,  sendo  este,  praticamente,  o  único  cenário  de

                            prática nessa importante etapa da formação geral do médico:



                                    Acredito  que,  em  virtude  do  perfil  cada  vez  mais  complexo  que  o
                                    Hospital Universitário passa a ter, faz-se urgente a integração com
                                    outros  hospitais  de  cidades,  principalmente  de  médio  porte,  de
                                    pequeno  porte,  para  que  os  acadêmicos  possam,  nessas  unidades,
                                    desenvolver atividades práticas e iniciar contato com pacientes com

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