Page 129 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
P. 129
109
)*
patologias de menor complexidade que, muitas vezes, eles não
conseguem ou não verão, no seu Internato aqui, em virtude do grau
de complexidade do hospital. Acredito que o estágio de Obstetrícia é
um dos estágios que dá uma boa representação disso, que eu estou
falando, porque os internos, passam na Maternidade Municipal de
Londrina, que tem um perfil, vamos dizer assim, de baixa e média
complexidade na área de Obstetrícia, mas também eles passam na
Maternidade do Hospital Universitário que é uma Maternidade que
atende principalmente as gestações de alto risco. Então, os internos
têm contato com toda a Obstetrícia, de baixa, média e alta
complexidade. Nas outras áreas também, mas daí não dá para se
quantificar a densidade principalmente das questões de média
complexidade que ele vai ver no hospital. Acho que realmente
complica muito ter que fazer estágio, vamos dizer assim, em outras
unidades, mas é uma coisa que tem que ser vista com muito carinho,
é uma decisão a ser tomada pelo Colegiado do Curso de Medicina,
mais a administração do hospital, nos próximos anos no máximo.
(GUEL4)
Existem alguns dilemas entre a proposta e sua
implementação. A dificuldade de atender simultaneamente e conciliar as
dimensões funcionais e humanas emperra muitas vezes o desenvolvimento
das atividades. Assim, se por um lado encontram-se a falta de uniformidade
entre os tutores e o engessamento da estrutura departamental, por outro, fica
evidente a necessidade de se dedicar mais à humanização na área de saúde,
conforme fica evidente no seguinte depoimento:
E outro canal que eu acho que se deveria, gradativamente, aumentar
dentro da Saúde Coletiva que criaria uma vinculação maior com as
outras áreas de conhecimento da própria Medicina é a questão da
humanização da atenção em saúde. Eu acho que o processo de
humanização da área da saúde, que envolve não só o atendimento ao
paciente, mas inclusive as relações interpessoais, interprofissionais,
seria algo que a área de Saúde Coletiva poderia estimular e se
dedicar a desenvolver no Curso de Medicina e nos outros cursos
também. Eu acho que eles têm uma série de ações que eu acho que
ainda precisam ser mais exploradas. Há muito espaço inclusive não
só para consolidar, porque já está consolidado, mas no sentido até
de mudar a visão que os demais profissionais têm e até criam para
)4
5—
+
$+
. /0