Page 231 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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estudantes no futuro. Pretendo desmistificar que a Epidemio esteja
ligada somente à Saúde Pública. (PUNICENP4)
A integração teórico-prática das disciplinas de Saúde da
Família ao longo do curso é a preocupação principal de um professor que
gostaria de ver uma maior aproximação entre aquilo que é discutido
teoricamente e a vivência dos estudantes dentro do Sistema Único de Saúde:
Acho essa aproximação teórico-conceitual com a prática que eles
vivenciam nas Unidades de Saúde ou em qualquer outra instância de
atividade prática dentro do SUS uma coisa muito viva, que nem
sempre as escolas médicas estão preocupadas em fazer. Esse, para
mim, é o principal objetivo da nossa disciplina, que eu ainda acho
ser um grande desafio para nós e está muito longe de estar
realizado. Mas pelo menos, na minha percepção, a gente se coloca
no grupo da Saúde da Família isso como um grande desafio da
nossa prática docente. Talvez por ser um curso novo, uma
universidade nova, não é tão linear assim o ensino, como nos cursos
mais tradicionais. (PUNICENP5)
Esta também é a opinião dos professores que atuam no
Estágio do Internato em Saúde da Família, onde a importância da integração
da teoria com a prática na atenção básica é ainda maior e os determinantes
sociais, expressos através das doenças na comunidade, são ainda mais
evidentes nas atividades práticas que os estudantes vivenciam tanto na 5ª
como na 6ª série já com maior maturidade. O depoimento a seguir ilustra essa
postura:
Aproximar o aluno da realidade do Brazilzão, porque dentro do
Hospital Universitário, eu acho que é um ambiente muito acadêmico.
Aqui [UBS] a gente tem que se envolver com o paciente, se envolver
com a realidade dele e os estudantes até têm certa dificuldade, eles
falam “a gente sai daqui exausto e não agüentamos mais nada
depois”. Sentir, muitas vezes, o que o paciente está sentindo, e isso é
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