Page 234 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Essa opção de dar um nome de disciplina para um programa
do Ministério da Saúde tem gerado alguma confusão entre os estudantes que
dizem: “Hoje eu vou pra aula de PSF”.
Na 5ª e na 6ª séries, inclusive, a denominação é,
respectivamente, Internato em Saúde Coletiva I e Internato em Saúde Coletiva
II, com supervisão prática de um médico de família na clínica, mas a ênfase é
em Saúde da Família. Diz um dos gestores:
Era para ser em Saúde Coletiva, porque é uma das cinco grandes
áreas previstas nas diretrizes curriculares nacionais. Para mim é
motivo de confusão na explicitação do currículo, até com os alunos,
quando vem essa Saúde da Família I, II, III e IV. Eu não daria esse
nome, porque os alunos somam as cargas horárias e dizem: “Pô,
porque tudo Saúde da Família?”. Se você somar a carga horária do
que compõe as disciplinas de Saúde Coletiva, isso não é um
escândalo. Mas com esse mesmo nome, dá esta impressão e isso
gerou inicialmente, nos estudantes, certa resistência ao currículo
por não compreendê-lo corretamente. Eu não acredito que seja de
bom tom você chamar todas as disciplinas de Saúde da Família, a
nomenclatura não está adequada. (GUNICENP1)
Na prática, o conteúdo clássico da Saúde Coletiva, traduzido
nas Políticas Públicas, na Epidemiologia, na Saúde Ambiental, no
Planejamento e Gestão, nos Programas de Saúde, na Educação em Saúde,
na Vigilância Epidemiológica e na Saúde do Trabalhador, está todo distribuído
nas disciplinas denominadas Saúde da Família I, II, III e IV. No entanto,
apesar do reconhecimento da inadequação desse nome, não existe a
perspectiva de se trocar a denominação, que ficou consagrada no curso.
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