Page 240 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                            usa  como  uma  motivação  concreta  para  estudar.  Defenderam  a  sua

                            obrigatoriedade, reconhecendo que não acreditam que possa existir estudo e

                            dedicação voluntariamente sem cobrança do conhecimento adquirido.



                                            O desenvolvimento das disciplinas e as estratégias adotadas

                            em cada uma delas constam do Plano de Ensino, onde a metodologia a ser

                            utilizada em cada um dos quatro bimestres deve estar explicitada, tanto em


                            relação às aulas teóricas, que se valem freqüentemente do uso do vídeo em

                            função da boa infra-estrutura das salas de aula, como em relação às práticas.


                                            Quanto ao estágio de Saúde Coletiva no Internato, quando da

                            realização  desta  pesquisa,  estava  em  implantação  a  5ª  série  do  curso.  O


                            relato  de  um  dos  professores,  que  fazia  a  supervisão  dos  estudantes  na

                            própria  Unidade  Básica  de  Saúde,  é  bastante  esclarecedor  com  relação  ao

                            conjunto de atividades que vinham sendo desenvolvidas ainda de uma forma

                            incipiente,  e  até  mesmo  experimental,  por  se  tratar  da  primeira  turma  do


                            curso. Diz ele:


                                    De segunda à sexta, de manhã, a gente faz atividade aqui na UBS.
                                    Sexta  à  tarde  é  na  UnicenP,  um  seminário  de  questões  clínicas
                                    voltadas para a lógica da atenção primária. A gente organiza e os
                                    alunos  apresentam  esse  seminário  baseado  no  material  teórico  e
                                    prático  que  a  gente  leva  daqui.  Na  terça  e  na  quinta  eles  têm
                                    atividades   complementares   sobre    Políticas   Públicas   e
                                    Epidemiologia,  que  não  são  os  professores  do  internato  que  dão.
                                    Aqui, eu tento ocupar o tempo deles, enchendo a agenda. A minha
                                    proposta é a seguinte: eles vêm aqui e atuam como médicos mesmo,
                                    botando a mão na massa. Os estudantes têm 10 pacientes de manhã,
                                    são duas equipes de dois alunos cada e eles atendem cinco pacientes
                                    por período, de manhã, e das 11  às 11h45min, eles apresentam um
                                    caso  do  dia  anterior  nesse  período.  No  período  da  tarde,  junto  a
                                    esses quatro alunos, vêm mais quatro alunos de outra Unidade. Nós
                                    somos quatro professores do Internato, dois em 40 horas, dois em 20

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