Page 22 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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A integração com os serviços de saúde, seja na atenção básica ou na
            atenção especializada através do HU, sempre foi uma vocação do Curso de
            Medicina da UEL. As parcerias com as Secretarias Municipal e Estadual de
            Saúde, como também com os Ministérios da Saúde e da Educação, além de
            organismos internacionais como a OPAS/OMS, a Fundação Kellogg, entre
            outras,  foram importantes  para a formação  de aproximadamente  5.300
            médicos em 67 turmas e na construção do SUS no Paraná.
                 A necessidade de compreender estes processos de formação para além
            de suas ações e relações, deram origem ao estudo que foi organizado para
            compreender o desempenho dos estudantes da UEL, em comparação com
            outros estudantes da área médica no contexto nacional, por meio da análise
            dos resultados obtidos pelos concluintes do curso, no Exame Nacional de
            Desempenho dos Estudantes (ENADE), quando o curso obteve o conceito 5
            (nota máxima). Além dos instrumentos de autoavaliação e avaliação externa
            desenvolvido pelo curso, nos moldes do Sistema Nacional de Avaliação da
            Educação Superior (SINAES), criado pelo MEC, em 2004, e que ainda hoje
            referencia a avaliação da educação superior.
                 O envolvimento dos professores, da liderança do Colegiado, o apoio
            das direções de Centro, em especial do CCS e do CCB, neste processo, foram
            fundamentais para a autora encontrar as respostas às perguntas que ela se
            fazia: Como avaliar um curso de graduação de forma a conhecer a qualidade
            da formação  de seus  estudantes?  Quanto  a avaliação  pode  contribuir  no
            fortalecimento de uma concepção de educação superior? Como dimensionar
            o papel da avaliação nos processos de mudança?
                 Hoje, há novos desafios a serem vencidos pelo Curso já cinquentão. A
            sustentabilidade das mudanças tem sido uma responsabilidade de cada nova
            gestão do curso, com atualizações constantes, mas sem fugir dos princípios
            traçados desde o seu início em duas perspectivas: o ideal pedagógico e a
            situação político-institucional.
                 A perspectiva  do ideal pedagógico  do que deve ser a boa  formação
            geral  do  médico,  com  um  entendimento  amplo  do  que  seja  o  processo
            saúde-doença, como também para que ele venha a ter uma atuação ética e
            humanista em todas as fases da vida, do nascimento à morte, incorporando

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