Page 27 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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evidentes  de  definhamento  e  estagnação.  Como  foi  comprovado  pelas
           discussões  e conclusões  realizadas durante  o 3º Fórum  de Debates  do
           Curso, realizado em 1998.
                Recentemente o curso comemorou 50 anos de existência e também
           20 anos de desenvolvimento e de êxitos de um currículo integrado que se
           propôs a enfrentar as fragilidades do modelo anterior. O corpo docente, os
           estudantes e dirigentes atuais enfrentam dificuldades para a manutenção das
           qualidades do curso, como aconteceu em vários momentos da sua história.
           Acumulando os acertos e erros que esses 50 anos propiciaram, há, contudo,
           um cenário favorável à superação dos entraves e preservação da identidade
           interna e externa conquistada a duras penas.
                Entre  muitos  processos  de  avaliação  a que  o  curso  se  submeteu,  o
           Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE) é um indicador
           de sua qualidade, e os resultados obtidos são indicativos das fortalezas do
           Curso. Afinal não são muitos os cursos de medicina que podem ostentar as
           notas A e B nos Exames Nacionais de Curso (ENEC/INEP/MEC), conhecidos
           como Provão, nos anos de 1999 a 2002 e notas 5 nos Exames Nacionais
           de  Desempenho  dos  Estudantes  (ENADE/INEP/MEC),  realizados  em
           2004, 2010 e 2013, e a nota 4 em 2016. São excelentes resultados, mesmo
           considerando  o episódio  infeliz do “boicote”  feito  pelos estudantes  em
           2007, que resultou em uma Nota 1 no ENADE daquele ano (os estudantes
           não tiveram a coragem de se ausentar e responderam de forma irresponsável
           as questões do Exame). Existe atualmente uma expectativa a respeito da
           Nota que será auferida pelo curso no ENADE de 2019. O momento político
           atual vivido pelos cursos de medicina no país, do mercado de trabalho e
           das universidades estaduais do Paraná caracterizam, na opinião de muitos
           professores e dirigentes, uma crise latente em ebulição, com prenúncio de
           perspectivas sombrias para este e outros cursos em situação similar. Essa
           triste  realidade  interfere  diretamente  na  motivação  dos  professores  e  na
           qualidade do ensino.
                Diante dessa conjuntura, os dirigentes do curso não estão passivos. A
           prioridade tem sido a avaliação dos módulos acadêmicos e o aperfeiçoamento
           dos instrumentos e processos de avaliação da aprendizagem dos estudantes.
           O colegiado do curso promoveu em 2018 e 2019 Fóruns Gerais de Discussão

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