Page 23 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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os conhecimentos necessários inclusive para lidar com o fim da vida. Em
que medida este ideal vem sendo enfrentado pelas Escolas Médicas hoje?
Nesta perspectiva é interessante observar o quanto uma estratégia de
ensino permite vislumbrar a efetivação ou não do SUS num determinado
território, oferecendo serviços e a garantia de acesso à população.
O resultado apontado por este trabalho, contribui para a projeção
de Londrina nos cenários da saúde e da educação médica. Embora ainda
distante dos padrões de países desenvolvidos, o perfil de saúde da cidade é
bastante avançado e o Curso de Medicina chegou na frente, substituindo as
disciplinas na grade curricular por módulos interdisciplinares se adiantando
em relação às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação
em Medicina (Resolução nº 4 do Conselho Nacional de Educação – CNE),
aprovadas em novembro de 2001 e que teve vigência até 2014, quando
novas diretrizes foram aprovadas pelo CNE.
Estamos diante de novos paradigmas educacionais e assistenciais na
educação médica, na qual a avaliação torna-se essencial para acompanhar
e melhor orientar as mudanças. A publicação deste livro vem em boa
hora, para ser lido, refletido e debatido. Não deve ficar nas prateleiras das
bibliotecas ou nos arquivos eletrônicos. Afinal, existem possibilidades de
mudança na educação médica a serem construídas e esperamos que estes
subsídios trazidos por esta publicação sirvam para os necessários ajustes a
serem feitos, não apenas pelo Curso de Medicina da UEL, mas por outros
cursos que veem na formação médica de qualidade, o caminho para a
materialização do SUS que queremos.
Londrina, maio de 2020.
João José Batista de Campos
Coordenador do Colegiado do Curso (1996 – 1999)
Neide Tomimura Costa
Coordenadora do Colegiado do Curso (2020 – 2022)
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