Page 201 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                mecanismos de defesa ou aproximando os indivíduos, deve ser considerado o
                papel da imunidade, no declínio das epidemias.






                      E - 2. CAPÍTULO II – FATORES SÓCIOECONÔMICOS

                      Data de 1935 o relato de um surto de DM ocorrido em Versalhes, França,
                entre 79 de 153 soldados, após uma marcha forçada, segundo DOPTER        apud 8 .

                      O mesmo autor, em 1918   apud 8 , chamou atenção para o fato da fadiga predispor
                à ocorrência de meningite meningocócica com elevações de casos e óbitos entre
                recrutas submetidos a atividades excessivas durante a guerra na Europa.
                      ROLLESTON, 1919 , reexaminou a relação entre ocorrência de DM e
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                ingresso de novos grupos de jovens para treinamento militar, já observada por

                alguns autores e associada ao ajuntamento. Citou que, entre 1914-1915, em
                Devenport, de 15 casos de DM, 14 foram em recém-chegados há cerca de 24 dias
                e, em 1916-1917, de 46 casos em Portsmounth, 36 (75%) eram de novos recrutas

                ingressos entre alguns dias a algumas semanas. Concluiu, então, que “o ingresso
                recente foi um fator mais importante que a idade” no favorecimento à moléstia.
                      Em relação à atividade física, ROLLESTON considerou que os recrutas,
                as crianças, principalmente menores de 5 anos, e os mineiros, são indivíduos
                propensos a ter a doença, referindo ainda, maior frequência no sexo masculino,

                especialmente na fase mais precoce da vida, sem uma explicação conhecida, talvez
                “por seu ambiente e maior tendência ao ajuntamento”.
                      O mesmo autor admitiu, também, o papel predisponente da  influenza à

                meningite cerebroespinhal, atuando de 3 modos: “especialmente relacionada a
                esta”; “deprimindo a resistência do organismo e tornando-o sujeito à infecção, e
                aumentando a taxa de portador por tosse e espirro”. No entanto, acredita que o efeito
                depressor de infecções prévias, influenza, caxumba e sarampo - já admitidas como
                predisponentes à DM, seja muito menos importante que o fator aglomeração.

                      BLACKFAN, 1922 , considerou como medidas que diminuem o risco da
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                doença: a prevenção da aglomeração e a manutenção de ventilação adequada em
                ambientes fechados, que reduziriam as possibilidades de infecção por contato

                com portador; a prevenção da estafa; e o controle da infecção rinofaríngea pela


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