Page 206 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                que ligam aspectos socioeconômicos e renda; por outro lado, não se demonstrou
                correlação com aglomeração domiciliar e raça.

                      FLOYD, FEDERSPIEL & SCGAFFBER, 1973 , estudando, também
                                                                         123
                retrospectivamente, meningites bacterianas no Tenessee, Estados Unidos, de
                1963 a 1971, verificaram que a meningocócica foi a mais frequente (156 casos

                confirmados e prováveis) e prevaleceu entre brancos, nas crianças abaixo de 5
                anos, no sexo masculino e na zona urbana.
                      As meningites por  Haemophylus influenzae e pneumococo apresentaram
                exatamente o mesmo comportamento sendo, porém, os negros mais atingidos
                que os brancos por razão considerada desconhecida.

                      Quanto aos dados socioeconômicos, os casos de meningites em geral foram
                distribuídos, conforme sua procedência, por regiões censitárias de renda média
                anual determinada, verificando-se, entre negros, que o número de casos decresceu

                com o aumento da renda, o que não se deu com a população branca, porém que,
                no total de casos, a incidência das meningites declinou entre aqueles com renda
                média anual igual ou maior a 6.000 dólares.
                      RELLER e col., 1973 , ao encontrarem elevada frequência de reação cruzada
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                em portadores de sorogrupos não grupáveis, normalmente não patogênicos, com

                cepas habitualmente patogênicas (A, B, C e Y), consideram que o fator aglomeração,
                levando ao aumento de portadores daqueles sorogrupos, representaria também
                um aspecto favorável na proteção contra a DM.

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                      Em 1974, uma publicação inglesa , embora referindo que “o meningococo
                é comum na nasofaringe, facilmente se propaga em ambientes fechados, porém
                raramente  causa  doença”,  comenta  adiante  que  deve ser  acompanhada mais
                seriamente possível a ocorrência de “um único caso (de doença) em uma família
                com certo número de crianças vivendo em condições de aglomeração”.

                      BASTOS, 1974, comentou, sem justificativas, que irrupções epidêmicas de
                DM “ocorrem em qualquer país onde se encontrem condições de receptividade da
                população e condições socioeconômicas favoráveis uma vez que o agente causal é

                ubiquitário e cosmopolita, que concorre, ponderadamente, à existência de um grande
                número de portadores sãos”.
                      MORAIS e col., 1974 , com referência à epidemia de S. Paulo de 1971-
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