Page 204 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                baixa, a concentração domiciliar e por dormitório seria igual ou maior que na
                zona urbana.
                      LAPEYSSONIE, 1963 , não encontrou relação entre frequência de DM
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                e densidade demográfica, ou tipo de habitações, em localidades africanas de
                diferentes morbidades.
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                      GAULD, 1965 , estudou a infecção meningocócica entre militares de
                Fort Old que, diariamente, recebia recrutas para treinamento e cuja população

                se  mantinha entre  25  a  30.000 homens.  No  período  estudado,  de  1962-1963,
                ocorreram 93 casos clínicos, sendo 90% em recrutas durante suas 8 semanas
                de treinamento e poucos casos entre os que permaneciam além desse prazo em
                treinamento avançado com o pessoal do quadro, como já se observara; mas não

                houve diferença entre morbidade por DM e tamanho das barracas, ou número e
                distância entre os leitos.
                      KENT, 1970 , revendo a epidemiologia da meningite meningocócica na
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                África, no cinturão da meningite, relatou ser a doença de pequenas comunidades

                rurais com pouca comunicação entre si, onde poucos picos de DM ocorriam
                quando  as  estradas  estavam  mais  difíceis,  deixando  as  pessoas  em  relativo
                isolamento, o contrário se dando quando havia melhor comunicação. Acredita que,
                no ciclo epidemiológico, a ocorrência dos picos sazonais dependerá do número

                de “imunes”  na comunidade; se houver  grande número, não haverá elevações
                significantes, mas se o número for insuficiente, representado por recém-nascidos,
                crianças sem contato anterior, intrusos na comunidade (nômades ou outros,
                vindos em migrações em massa, e eventuais militares), resultará elevado pico.

                Nessas aldeias africanas as pessoas costumam dormir juntas em sala comunal
                fechada, principalmente no tempo frio. Na região, a taxa de portadores, em torno
                de 10% no início da estação seca, compreenderia os remanescentes da epidemia
                do ano anterior.

                      No Norte e no Médio-Este da África, onde a DM é predominantemente
                endêmica, embora também ocorram elevações sazonais, observam-se, a maioria
                dos casos, em áreas de aglomerações e más condições sanitárias, em menores de
                4 anos e no sexo masculino.

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                      GRIPPONI, 1970 , estudou a relação entre DM e poluição bacteriana do
                ar, pesquisando aeróbios e anaeróbios, em áreas diversas do Alto Volta e Mali, de


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