Page 207 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
1974, especificaram que as taxas de ataque de DM foram elevadas tanto em áreas
de baixa, como de alta densidade populacional. Concluem pela não existência de
explicação aparente da epidemia naquela região.
A Comissão Nacional de Controle de Meningite, 1975 , considerando o
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hospedeiro e seu meio, assinalou a importância da doença em lactentes e até 3
anos e taxas mais altas em bairros mais pobres (periféricos) de São Paulo, durante
a última epidemia. Interrogou o papel do fator nutricional e da aglomeração
domiciliar, assim como das migrações de zonas rurais e urbanas, na eclosão do
surto e, finalmente, admitiu a dificuldade em prever a ocorrência de uma epidemia
no tempo e no espaço.
IVERSSON, 1975 , verificou, em S. Paulo, no período epidêmico de 1971-
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1974, que, tanto pelo sorogrupo C, como pelo sorogrupo A, foram mais atingidos
os distritos sanitários da periferia urbana onde existe uma menor densidade
demográfica.
JACOBSON e col., 1976 , demonstraram, em relação a casos secundários
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de DM em classes de escolares entre 7 a 14 anos, que não há risco significante de
doença associado a essa exposição.
BELCHER e col., 1977 , estudando a DM no Norte de Ghana, em 1972-
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1973, em 113 pacientes, determinaram que a maioria destes provinha de famílias
numerosas, de 15 pessoas em média, embora em sua amostra no Hospital de
Bawku, em 1973, a média de familiares foi de 8 pessoas. Todos relatavam dormir
com uma ou mais pessoas no mesmo quarto e 60% com 3 ou mais pessoas.
CHANDRA, 1979 , considerou, em continuação a trabalho anterior
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que, em crianças desnutridas, se alteram os diversos mecanismos de defesa
imunológica, celulares e também humorais, específicos e inespecíficos, associados
a carências calóricas, proteicas, de ferro e/ou vitamínicas, em conjunto e/ou
isoladamente. E que, elas se tornam mais suscetíveis e menos resistentes aos
processos infecciosos em geral, como provam em diversas partes do mundo os
inquéritos que demonstram estreitas associações entre carências nutricionais e
doenças infecciosas.
Em relação à resposta vacinal, embora se sabendo, genericamente, que o
nível de anticorpos obtido em desnutridos seja satisfatório, principalmente aos
reforços, lembra o autor que, em vista da deficiência de IgA secretória apresentada
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