Page 212 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
HORWITZ & PERONI, 1944 , estudando a grave epidemia do Chile de
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1941-1944, referiram o encontro de 10% de portadores em Santiago, nível que
consideraram abaixo do mais provável por problemas técnicos (mas não relatam
sobre a técnica de amostragem e isolamento).
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No entanto, sobre a mesma epidemia, PIZZI, 1944 , encontrou dados de
portadores diferentes. Assim, em inquéritos feitos em vários grupos totalizando
12.870 pessoas, encontrou 429 positivos – 3,3%; esta proporção variou de 1%,
no grupo de mendigos vivendo ao relento, a 55%, entre 18 comunicantes de 2
soldados vivendo em barracas.
PHAIR, SCHOENBACH & ROOT , 1945, identificaram em 99 homens de
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uma população militar estável, 91% de portadores; cada um destes apresentou
a média de 11 culturas positivas durante 68 dias de seguimento, quando os
exames eram feitos 3 vezes por semana. Os portadores receberam sulfadiazina e
sulfamerazina cuja eficiência sugeria seu possível uso na profilaxia da DM.
SCHOENBACH & PHAIR, 1946 apud 89 , verificaram nas Forças Armadas 93%
de frequência acumulada de portadores em 10 semanas, com média mantida de
40% de positivos.
AYCOCK & MUELLER, 1950 , realizaram extensa pesquisa, que constitui
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até hoje um dos trabalhos de maior importância, envolvendo levantamento de
portadores entre milhares de militares americanos no período de 1941 (dezembro)
a 1945 (maio) no qual se incluiu um surto de meningite meningocócica; foram
também realizados alguns inquéritos entre estudantes universitários, de 1943 a
1946. Concomitantemente, verificaram a incidência da DM.
Discutindo amplamente o assunto concluíram que, apesar do predomínio
da doença entre recrutas mais do que nos civis e no inverno mais do que na
primavera, a taxa de portadores parece não variar nessas diversas circunstâncias.
Consideraram que a incidência de DM, embora possa ser atribuída a um
aumento de portadores, deve depender, além disso, das causas que levam um
portador de meningococo patogênico à doença, e da variação da frequência dessas
causas.
Asseveraram que a ocorrência da doença e sua diversificada incidência, não
são uma função das taxas paralelas de portadores. Não encontraram nessas taxas,
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