Page 214 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
em 13% no 4º inquérito; a porcentagem acumulada variou entre 20 e 48% do
1º ao 4º inquérito, e predominou entre escolares, enquanto os grupos familiares
acumularam as menores taxas. O número de pessoas que mantinha as culturas
positivas diminuía com o aumento do intervalo entre os exames, que variou de 38
a 61 dias. Concluiu o autor que a infecção se propagou rapidamente perfazendo
na área 50% de portadores em 3 semanas, sem que novos casos ocorressem,
e admitiu como fonte de infecção recrutas esquimós da Guarda Nacional que
treinaram no Alaska durante 4 meses.
FARRELL & DAHL, 1966 , observaram 16% de recrutas portadores, à
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admissão, na base aérea de Lackland, Texas, Estados Unidos, com diminuição
gradual para 9,7% até o final do período de treinamento de 3 meses, inteiramente
ao contrário da maioria das experiências. Não observaram diferenças nas taxas de
portadores entre negros e brancos, nem quanto aos 4 tipos de barracas utilizadas
e nem associação com chuvas, temperaturas ou umidade.
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GREENFIELD & FELDMAN, 1967 , estudaram a ocorrência de portadores
familiares e não familiares, com e sem contágio com casos de DM. Esta foi
detectada em 3 pacientes primos de 1º grau, residentes numa área de Siracusa,
Nova Iorque, Estados Unidos, com um intervalo de 6 meses entre o 1º e o 3º caso.
No total dos 25 familiares - residentes e não residentes na mesma casa, com e
sem contato com os pacientes - verificaram a taxa de 44% de portadores. Dos 60
comunicantes “primários” - com contato com um ou mais membros da família
- 20% eram portadores. Em amostras de 3 populações, não relacionadas com os
casos ou com seus comunicantes, as taxas não ultrapassaram a 3%. Verificou-se
maior proporção de portadores entre indivíduos do sexo masculino, 64%, e em
pessoas maiores de 20 anos, 37%, em relação aos menores, 14%.
ARTENSTEIN & ELLIS, 1968 , buscaram portadores de meningococo após
50
2 semanas da admissão de um caso grave de DM por sorogrupo B, em um grupo
de 98 pessoas constituído por equipe hospitalar e alguns parentes do paciente,
com e sem contato com o mesmo. Observaram, no total, 17 portadores de
neisserias de diversos sorogrupos - 17,3% - predominando o sorogrupo B, presente
em 13 portadores; destes, porém, apenas 4 com padrão de sensibilidade à sulfa
semelhante ao do paciente, dos quais 2 sem história de contato. Dos examinados,
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