Page 221 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA




                      Em relação à faixa etária, verificaram que os grupos de 0 a 5, de 6 a 10 e de
                11 a 14 anos, foram positivos, igualmente - 11%; de 15 a 16 anos - 30%; de 17 a

                20 — 18%; de 21 a 65 - 12% e acima de 65 - 3%.
                      Dos 1.605 alunos da Escola Naval, correspondentes à faixa de 15 a 16 anos,
                Neisseria meningitidis foi isolada em 30% no dia do alistamento; a investigação

                foi repetida após 3 meses em 1.196, com 45% de positividade, sendo que, de 174
                positivos, em ambos os exames, 48% tinham mudado de sorogrupo; após 9 meses,
                de 247 reexaminados, 71% eram portadores. Não houve relação entre proporção
                de portadores em amidalectomizados ou não. Houve 1 caso de DM no período.
                      Entre 168 estudantes de enfermagem, 16% foram portadores ao entrarem no

                Hospital, e, após 6 meses, de 92 reexaminados, 8% foram positivos.
                      No País, os casos de DM foram associados ao sorogrupo B, seguido pelo C.
                      Os autores acreditam que não haja relação entre taxa de portador e ocorrência

                de doença.
                      ALTMANN, EGOZ & SAGOROVSKY, 1973 , realizaram estudo prospectivo
                                                                 100
                de portador em 4 diferentes grupos de jovens de 17 a 18 anos, de diversos locais de
                Israel, representados por 2 pelotões de recrutas masculinos, 1 pelotão de recrutas
                femininos e 1 grupo de alunas de Enfermagem. O tamanho dos grupos variou

                entre 29 e 52 pessoas, seguidas através de exames de suabes periódicos, semanais e
                mensais, durante 6 a 15 semanas. Os recrutas foram submetidos a grande atividade
                física, principalmente os de sexo masculino, e residiam em barracas comuns a 10

                soldados, no mínimo, enquanto as estudantes, com pouca atividade física e alojadas
                em quarto para 2 pessoas, viviam praticamente confinadas a salas de aula e foram
                expostas a pacientes de um Hospital Geral. Verificaram os autores que, no período
                estudado, foram portadores, ao menos 1 vez, acima de 80% dos recrutas do sexo
                masculino, 63,5% das recrutas e 21,2% dos estudantes de Enfermagem, sendo

                que entre os recrutas (masculinos e femininos) a taxa de portadores aumentou
                gradualmente, com o pico entre a 5ª e 6ª semana, e permaneceu sempre baixa
                entre as estudantes. Observaram-se dois tipos de portadores: intermitentes, de até

                1 a 2 semanas de duração, e duradouros, de mais de 2 semanas (com seguimento
                até 31 semanas, no mínimo), sendo que a manutenção do estado de portador foi
                2,5 vezes maior no grupo estudado durante o inverno e chuvas do que no grupo




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