Page 220 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
MARTIN & DEGRINNEY, 1972 , descreveram 3 casos de DM em uma família
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de 7 pessoas residindo numa instalação militar semifechada onde há 10 anos não
havia casos de doença; dos 4 comunicantes, 2 eram portadores de meningococo
em nasofaringe.
SERRE-BOISSEAU, 1973 , chamou atenção ao fato de que, na Dinamarca,
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a DM não constitui problema de saúde pública, não sendo assim notificada
especificamente. Lembra, generalizando, que existe uma circulação permanente
de meningococo, mas só adoece um número determinado de pessoas em
condições que convêm determinar. Acredita que a DM ocorra em pessoas com
diminuição de resistência ou vivendo em condições ambientais “defeituosas”. A
partir disso, considerando a diversidade do comportamento da moléstia, acredita
ser necessário “conhecer quais são os fatores – além dos climáticos e condições
sanitárias favoráveis – que permitem a certos países serem praticamente poupados
dessa doença”.
WENZEL, 1973 , comentou que a simples taxa de portadores não diz nada
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sobre a dinâmica de portador, mas sim a taxa de aquisição do meningococo, que
indicaria se é ou não iminente um surto.
Na CHRONIQUE OMS, 1973 , com base em LAPEYSSONIE, é referido que
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a situação dos recrutas das regiões temperadas em acampamentos se assemelha,
epidemiologicamente, aos vilarejos africanos do cinturão da meningite, sendo
necessários 3 meses para que o meningococo, propagando-se no grupo militar, ou
numa comunidade fechada qualquer, atinja seu máximo; este é representado, às
vezes, por mais de 50% ou quase 100% de portadores sem que nenhum caso de
DM tenha ocorrido. Propõe-se a questão: O meningococo é sempre virulento ou se
torna apenas em certas circunstâncias? A seguir, é acrescentado que, em períodos
epidêmicos, na África, o pneumococo é encontrado com mais frequência tanto
nas zonas úmidas, como nas secas.
FRASER e cols., 1973 , estudaram diversos grupos populacionais do
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Reino Unido: alunos da Escola Naval, enfermeiros, pacientes idosos, crianças
hospitalizadas e de pensionatos e clientes de clínicas particulares; totalizaram
3.047 indivíduos examinados nos anos endêmicos de 1970-1972. Destes, 21%
eram portadores dos sorogrupos A, B, C, X e Y, predominando o B, sendo cepas
não grupáveis observadas em 36 a 49% dos isolamentos.
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