Page 225 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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ABORDAGEM CRONOLÓGICA DA BIBLIOGRAFIA
diferenças foram significativas, mas a amostragem foi considerada duvidosa.
Os autores admitem que o adulto, como portador, introduz a infecção,
mas a transmite durante sua doença em menor intensidade. Do que sugerem
que a vacinação, protegendo satisfatoriamente os adultos em relação às crianças
pequenas, seria interessante naqueles que são os responsáveis pela introdução de
DM na habitação.
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CABALERO-SERVIN & GONZALES-CORTÊS, 1974 , examinaram suabes
de nasofaringe de 913 crianças e adultos de baixo nível socioeconômico, na cidade
do México, não identificando em nenhum N. meningitidis, mas apenas neisserias
não patogênicas (flava, flavascens, catarrhalis, perflava e sicca).
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MUNFORD, PATTON & GORMAN, 1975 , utilizaram antissoro sorotipo-
específico de meningococo B para sorotipar meningococos do sorogrupo C isolados
de pacientes com DM, endêmica ou epidêmica, e de portadores, através da técnica
de imunodifusão em gel. Foram incluídas entre as amostras do sorogrupo C, de
diversas procedências, cepas de pacientes e portadores brasileiros por ocasião
da epidemia de 1972, de São Paulo. Verificaram cruzamentos entre as cepas do
sorotipo II do sorogrupo B e do sorotipo II do sorogrupo C, como também forte
associação entre a presença do sorotipo II e a sulfonamida-resistência da N.
meningitidis do sorogrupo C isolados de casos esporádicos e epidêmicos.
Concluíram que a sorotipagem pode ser útil em estudos epidemiológicos dos
sorogrupos B e C da N. meningitidis salientando, porém, que a presença do sorotipo
II e a resistência à sulfa não conferem ao meningococo C potencial epidêmico,
considerando que cepas com tais características, e de ambos os sorogrupos, têm
sido isoladas de casos esporádicos ou por ocasião de surtos.
VASSILIADIS e col., 1975 , estudaram, na Grécia, 1.105 suabes de 781
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recrutas, encontrando 38,9% de portadores após 24 horas da admissão ao campo,
sendo 63,5% nos exames feitos no 39º dia, e 66,4% após 35 a 40 dias, mostrando,
portanto, uma estabilização precoce do nível de portadores. As cepas encontradas
foram: de sorogrupo B (25%), não grupáveis (13%), autoaglutináveis (8%), do
sorogrupo A (4%), do sorogrupo C (4%) e outras cepas (menores percentagens).
Não observaram variações sazonais, nem conforme procedência urbana ou rural
dos recrutas. Mudanças de sorogrupos do meningococo colonizante foram
observadas em 51% dos recrutas, entre a 1ª e a 2ª culturas (35 a 40 dias depois).
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