Page 116 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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geodemográficas, discriminando subáreas de risco e/ou prevalência
de problemas de saúde; processos voltados ao aperfeiçoamento dos
subsistemas de informação epidemiológica e de gerenciamento da atenção,
geralmente utilizando infraestrutura computacional; mecanismos de
referência e, em um número reduzido de projetos, de contrarreferência
de pacientes entre unidades de diferentes níveis de atenção.
Ainda em estágios incipientes observa-se a existência de novas
modalidades de atenção, tanto promocionais (vigilância epidemiológica e
sanitária) como curativo-reabilitadoras (cirurgia ambulatorial, internação
domiciliar), havendo, inclusive, a estruturação de equipes de saúde que
se dedicam à atenção nos espaços comunitários e domiciliares. Além
disso, verifica-se o fortalecimento da capacidade gerencial nos primeiro
e segundo níveis de atenção e a geração de espaços e mecanismos
de participação comunitária no desenvolvimento de ações (grupos de
autoajuda) e na gestão das unidades de saúde.
Em alguns casos, registram-se melhorias no acesso e na cobertura
das unidades que compõem os SILOS, embora se verifiquem ainda
muitas debilidades na construção de “portas de entrada” eficazes para
um (ainda) idealizado sistema de saúde hierarquizado, que permanece
dicotomizado, principalmente em relação aos serviços de terceiro nível,
o que compromete a resolutividade e a equidade. Verificam-se também
deficiências na estruturação e funcionamento do trabalho multiprofissional,
no entanto a presença de alunos e de professores (estes em menor
intensidade que o desejável) e, principalmente, a ação de sujeitos/
agentes comunitários vêm levando à ampliação do conceito de saúde,
estimulando os serviços a enfrentarem problemas mais abrangentes e de
alcance intersetorial.
A incorporação de profissionais dos serviços em atividades de
ensino ainda é incipiente em muitos projetos, refletindo dificuldades
operacionais e também as resistências do corpo acadêmico, mais
precisamente docente, em reconhecer a contribuição desses profissionais
no processo de formação.
Verifica-se que a parceria com a comunidade e a universidade vem
impulsionando os serviços para que se incorporem novas práticas, embora
a integralidade da atenção sofra limitações importantes em decorrência
dos perfis e capacidades profissionais prevalentes. Também são incipientes
o enfoque familiar e a abordagem de questões relacionadas à ética e à
humanização. Os projetos que mais avançaram nas mudanças dos modelos
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