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da avaliação do cluster UNI e apresenta algumas recomendações para
         seu aperfeiçoamento. Dentre elas, algumas se referem a alterações na
         abordagem e clareza do papel da avaliação de cluster, outras são relativas
         aos métodos de trabalho e à redação e comunicação dos relatórios.
               Quanto aos processos de avaliação interna, verifica-se que cerca de
         metade dos projetos conseguiu instalar “culturas de avaliação” ao longo de
         seu desenvolvimento. Boa parte deles conta com equipes que coordenam
         as atividades avaliativas nos respectivos componentes.
               A maioria dos modelos de avaliação interna adotados assemelham-
         se bastante, quanto às dimensões, subdimensões  e variáveis, ao modelo
         de avaliação do cluster UNI. A falta de capacitação específica prévia na
         área e o estágio embrionário dos modelos de avaliação interna, além de
         suas debilidades, parece ter favorecido, durante e após o Seminário de
         Avaliação realizado em 1993, a inibição do desenho de modelos próprios
         mais adequados às dinâmicas, características e necessidades individuais
         dos projetos.
               Além disso, parte significativa das avaliações internas ainda não
         adquiriu o caráter de prática permanente, desenvolvendo-se basicamente
         nos finais dos períodos fiscais, coincidindo com a entrega dos relatórios
         formais de prestação de contas à Fundação Kellogg. Isso sugere que a
         avaliação se desenvolve mais em função de demandas externas do que
         internas.
               O estilo de condução dos diretores dos projetos vem sendo
         determinante na valorização e legitimação das atividades avaliativas. A
         possibilidade de avaliações participativas depende da disposição dos
         dirigentes dos projetos em  aceitar a crítica sobre os erros ou problemas da
         gestão e da existência de autocrítica para a revisão de condutas e decisões.
               Por outro lado, os processos de avaliação interna não têm conduzido
         à prática de sistematização das ricas experiências empíricas acumuladas.
         Além de debilidades na capacitação metodológica específica, parece
         haver insuficiente acúmulo de reflexões teórico-conceituais acerca das
         problemáticas enfrentadas pelos projetos. A superação desta limitação é
         fundamental para que as experiências possam ser institucionalizadas e
         disseminadas.




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