Page 127 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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da avaliação do cluster UNI e apresenta algumas recomendações para
seu aperfeiçoamento. Dentre elas, algumas se referem a alterações na
abordagem e clareza do papel da avaliação de cluster, outras são relativas
aos métodos de trabalho e à redação e comunicação dos relatórios.
Quanto aos processos de avaliação interna, verifica-se que cerca de
metade dos projetos conseguiu instalar “culturas de avaliação” ao longo de
seu desenvolvimento. Boa parte deles conta com equipes que coordenam
as atividades avaliativas nos respectivos componentes.
A maioria dos modelos de avaliação interna adotados assemelham-
se bastante, quanto às dimensões, subdimensões e variáveis, ao modelo
de avaliação do cluster UNI. A falta de capacitação específica prévia na
área e o estágio embrionário dos modelos de avaliação interna, além de
suas debilidades, parece ter favorecido, durante e após o Seminário de
Avaliação realizado em 1993, a inibição do desenho de modelos próprios
mais adequados às dinâmicas, características e necessidades individuais
dos projetos.
Além disso, parte significativa das avaliações internas ainda não
adquiriu o caráter de prática permanente, desenvolvendo-se basicamente
nos finais dos períodos fiscais, coincidindo com a entrega dos relatórios
formais de prestação de contas à Fundação Kellogg. Isso sugere que a
avaliação se desenvolve mais em função de demandas externas do que
internas.
O estilo de condução dos diretores dos projetos vem sendo
determinante na valorização e legitimação das atividades avaliativas. A
possibilidade de avaliações participativas depende da disposição dos
dirigentes dos projetos em aceitar a crítica sobre os erros ou problemas da
gestão e da existência de autocrítica para a revisão de condutas e decisões.
Por outro lado, os processos de avaliação interna não têm conduzido
à prática de sistematização das ricas experiências empíricas acumuladas.
Além de debilidades na capacitação metodológica específica, parece
haver insuficiente acúmulo de reflexões teórico-conceituais acerca das
problemáticas enfrentadas pelos projetos. A superação desta limitação é
fundamental para que as experiências possam ser institucionalizadas e
disseminadas.
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