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armação teórico-conceitual e metodológica específica e as competências
         ou capacidades operacionais acumuladas. Embora estejam situadas
         principalmente no âmbito dos projetos, estas debilidades também se fazem
         sentir no âmbito da coordenação do Programa.
               No que se refere à avaliação, providências já vem sendo tomadas
         com vistas ao seu aprimoramento. O estudo de meta-avaliação, realizado
         no início de 1997, e o convite a consultores externos para participar
         de visitas aos projetos e dos recentes seminários de sistematização são
         iniciativas que apontam para novas definições neste terreno. Mas seu
         encaminhamento depende de uma melhor caracterização dos aspectos
         somativos e formativos que se deseja contemplar, bem como de uma
         avaliação sobre os passos percorridos, para o que poderia ser útil a análise
         com base em um padrão evolutivo da avaliação de programas.
               Quanto aos processos de avaliação interna, na esfera dos projetos,
         esta é uma debilidade já parcialmente reconhecida pelos sujeitos da
         proposta UNI, mas cujos encaminhamentos, visando à sua superação,
         ainda não estão devidamente equacionados. O desafio neste nível, o
         dos projetos locais, é igualmente complexo. Trata-se de desenvolver
         processos avaliativos que contemplem aspectos formativos e somativos,
         pois continua havendo necessidade de subsidiar a gestão dos projetos e,
         ao mesmo tempo, cresce a demanda pela consolidação, sistematização e
         disseminação dos resultados alcançados.
               No que se refere ao planejamento, apesar de algumas iniciativas
         de capacitação em planejamento estratégico e em gerência de projetos,
         detectam-se fragilidades importantes. Há um limitado desenvolvimento dos
         conteúdos teóricos e metodológicos destas duas importantes ferramentas
         quanto a sua aplicação na formação de rhs e na gestão de projetos sociais
         complexos. De uma certa forma, a proposta UNI é refém desta realidade.
               Apesar de se verificar um maior domínio por parte de dirigentes
         dos projetos acerca dos conteúdos e práticas propiciadas por essas duas
         ferramentas, ainda não existe acúmulo suficiente para uma produção
         teórica mais consistente a respeito. A experiência acumulada pelas equipes
         dirigentes dos projetos e das instituições envolvidas, com alguma dose de
         autodidatismo, representa fonte de conhecimentos que pode ser explorada,
         revelada e sistematizada do ponto de vista teórico-prático.
               Quanto às estratégias desenvolvidas pela proposta, a análise do seu
         discurso, dos processos teórico-práticos e dos resultados intermediários


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