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de Atenção Primária de Saúde. Registre-se que a APS, na maioria dos
         países, não é entendida como estratégia global de reformulação do
         sistema de saúde, como preconiza atualmente a OMS. Sua interpretação é,
         principalmente, como programa voltado a satisfazer necessidades eventuais
         de grupos sociais marginalizados, com recursos de baixa densidade
         tecnológica e custos mínimos, incluindo a retórica da participação
         comunitária.
               Medidas  de  racionalização  da  atenção  também vêm  sendo
         impulsionadas, como é o caso da polêmica cesta básica de cuidados,
         visando universalizar o acesso à atenção básica de saúde num contexto de
         escassez de recursos. Contudo, não são poucas as análises que consideram
         essa medida como uma tentativa de oficialização da iniquidade.
               Os principais problemas enfrentados pela reforma na região
         são: a)  falta de consenso entre os atores de cada país e os organismos
         de cooperação em relação aos conteúdos e natureza das reformas; b)
         frágil viabilidade política, pois os processos exigem grande capacidade
         de liderança e de negociação, recursos escassos em muitos países; c)
         descontinuidade da ação de importantes atores, principalmente nas
         esferas de governo, responsáveis pela implementação das reformas; d)
         dificuldades em se dar conta da complexidade técnica dos processos,
         que às vezes dificulta obter apoio político e social suficiente para vencer
         a resistência dos opositores às mudanças; e) atenção insuficiente à
         participação social nos processos (BID, 1995).
               Além destes problemas, identificam-se outros, referentes à escassez
         de rhs adequadamente capacitados para levar adiante tanto as tarefas de
         condução das mudanças como as de desenvolvimento de novas práticas
         assistenciais, ainda que a mudança do modelo de atenção não faça parte,
         por enquanto, das diretrizes prioritárias da maioria dos processos de
         reforma.

               os recUrsos HUmanos no contexto das reFormas

               A maioria dos processos de reforma almeja adequar quantitativa e
         qualitativamente a formação e capacitação dos recursos humanos técnicos
         e gerenciais para atender novas realidades dos serviços. Há enfoques
         que são mais categóricos a respeito, afirmando que “(...) el desarrollo
         y consolidación de las reformas exigen la adecuación de la formación
         de los recursos humanos necesarios” (SERRANO, 1996), ou que os
         principais problemas da reforma são: “la deficiencia de recursos humanos


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