Page 52 - EDUCAÇÃO MÉDICA E SAÚDE - A Mudança é Possível!
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debidamente adiestrados para enfrentar las nuevas necesidades del sector
salud y la falta de integración estructural que impide la formación de
recursos apropriados (...)” (SILVA, 1996).
Há referências (PAIM, 1994; CARDONA, 1996; OPS, 1996a) reiteradas
quanto às resistências e dificuldades de mudanças por parte do aparelho
formador de recursos humanos, especialmente das universidades, com
particular ênfase no tocante às escolas médicas.
Observa-se que no campo do desenvolvimento de rhs, a gestão dos
recursos humanos é objeto de atenção prioritária, contemplando estudos
referentes a novas formas de contratação, de remuneração e de avaliação
do desempenho do pessoal de saúde, como os incentivos à produtividade,
ou os pagamentos prospectivos segundo perfil epidemiológico e
incidência/prevalência de doenças. Essas formas alternativas visam
incentivar o aumento da eficiência dos serviços, da qualidade da atenção
e o controle da superutilização de tecnologias complexas e de alto custo.
Este enfoque decorre da constatação de que o caráter corporativo
e centralizador do médico na dinâmica do processo de trabalho em saúde
faz com que ele seja o principal organizador da oferta de serviços, pois
as novas técnicas de diagnóstico e de tratamento têm seu uso definido
principalmente pelos médicos.
As mudanças na formação e capacitação de rhs são uma necessidade
declarada por partes das autoridades condutoras das reformas, mas não
são prioritárias, em termos de intervenções realizadas, conforme pode ser
verificado analisando as informações do Quadro 1.
Como se pode verificar, nenhuma das dez políticas mais utilizadas
nas reformas diz respeito ao campo do desenvolvimento dos rhs. Este é
um indício da precária visibilidade deste campo, já apontada por Rovere
(1993). Há clara sinalização de que o setor educacional, as universidades
em particular, continuam desvinculadas da reorganização dos serviços, da
redefinição das práticas de atenção e dos processos de reforma.
O papel relevante dos recursos humanos no desenvolvimento das
reformas parece ser mais uma peça de oratória, pois os dois “pilares” da
reforma são a organização dos serviços e o financiamento do setor (OMS/
OPS, 1996, p.14). O que reflete uma secundarização do campo de rhs
e uma disparidade quanto ao nível de importância que se confere a ele
nos momentos de diagnóstico, quando é visto como “um componente
essencial” e nos momentos de intervenção, quando é tratado como mero
reflexo da organização dos serviços.
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