Page 106 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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questão da humanização do atendimento, da rede de cuidados, da
intersetorialidade, que é o trabalho com os outros equipamentos sociais
existentes no território, com uma escola ou com uma Organização Não
Governamental (ONG), por exemplo. Contempla a discussão sobre a equipe
de Saúde da Família no contexto da Atenção Básica, para que o estudante
consiga entendê-lo em relação à prática médica, e ter uma visão mais ampla
de saúde.
A opinião de um estudante entrevistado reforça muito a ênfase
que se tem procurado dar às atividades práticas da Saúde Coletiva no Curso
de Medicina da UEL:
Foi muito importante mesmo estar lá na comunidade, eu acho que,
dos 100% que eu aprendi, foi 70% estando lá e uns 30% no módulo,
lendo, discutindo, e não pode deixar nenhuma das duas partes
faltando. Poderia talvez ser mais trabalhada a parte de materiais
escritos, mas com discussão, e ir vendo também lá na prática. Mas,
para mim, foi mais ou menos essa a porcentagem de como eu
aprendi Saúde Coletiva, porque o resto é estando lá na prática e
vendo. (EUEL3)
Uma docente entrevistada, que atua no PIN1 há muito tempo,
analisa que a ênfase dos conteúdos de Saúde Coletiva deu-se especialmente
a partir de 2007, quando o processo de planejamento passou a ser feito com
base nas necessidades das comunidades e dos serviços de saúde, ficando
mais centrado nessas demandas. Diz ela:
Eu acho que os conteúdos de Saúde Coletiva estão definidos,
programaticamente. Agora, o que a gente discutiu muito é que tem
um programa a ser cumprido, agora não precisa necessariamente
ser em etapas, rigidamente, porque podem aparecer situações, por
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