Page 111 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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Eu acho que depende de como essa carga horária de Saúde Coletiva
fosse levada. Eu acredito, não sei se é uma visão talvez idealista
minha, que se fosse uma Saúde Coletiva que viesse problematizar,
que viesse fazer a gente entender por que ela é importante, não só
porque tem questão na prova de Residência, mas porque a nossa
prática médica tem que ter um olhar de Saúde Coletiva, senão é
simples preenchimento de receita. Eu acredito que assim surtiria
efeito. (EUEL2)
Embora as matrizes curriculares não favoreçam a visualização
do currículo integrado horizontal e verticalmente, esse é um postulado
assumido pelo programa e cuja execução constitui-se como um desafio para a
gestão do curso.
Oliveira e Koifman (2004), no livro Educação Médica em
Transformação, desenvolvem um capítulo muito interessante intitulado
Integralidade do Currículo de Medicina: Inovar/Transformar, um desafio para
o Processo de Formação, que tem muito a ver com a história recente do Curso
de Medicina da UEL.
No caso da UEL, nos anos iniciais depois da modernização
curricular empreendida, destacou-se um ânimo ou entusiasmo excessivo na
fala de alguns gestores nas metodologias ativas, por isso chamado, durante
algum tempo, de currículo PBL, porque se deu mais ênfase às metodologias
do que à discussão do que é um currículo integrado, o que é integração
curricular e o que é integração disciplinar, entre outros aspectos (Almeida,
2007).
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