Page 113 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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No conjunto das diferentes manifestações dos três agentes:
gestores, professores e estudantes, a análise do corpus desta pesquisa
evidencia tendências típicas sobre o modo como eles lidam com a questão
das ênfases do curso.
Os estudantes enfrentam a questão evidenciando a
necessidade de compreender a Saúde Coletiva pela relação entre o ideal e o
real, o que exige uma mudança de mentalidade para que a Saúde Coletiva
não se configure como um capítulo à parte na sua formação. Para eles, a
integração curricular do curso parece depender mais do ensino propriamente
dito um dos estudantes — EUEL5 — chega a dizer que a qualidade da
formação depende do tutor e do fazer do aluno.
Já os gestores, por sua vez, tendem a ver a ênfase a partir da
matriz curricular, valorizando mecanismos formativos e institucionais de
integração e contando com o apoio da assessoria de uma pedagoga, vêm a
possibilidade de planejar ou a necessidade de acompanhamento do que é
efetivamente feito.
Os professores preferem discutir os mecanismos de
flexibilização dessas ênfases porque não vêem como separar determinados
aspectos. Parece que eles convivem mais com o dilema de garantir a
execução do módulo em sua especificidade de conteúdos em oposição ao
interesse de relacionar o módulo com outros conteúdos considerados
importantes para a formação do estudante.
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