Page 24 - O ENSINO DA SAÚDE COLETIVA NA GRADUAÇÃO MÉDICA: ESTUDO DE CASO EM TRÊS UNIVERSIDADES DO PARANÁ
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                                            Ao  centrar  toda  a  ênfase  da  argumentação  nas  concepções

                            de  Saúde  Coletiva,  não  se  pretende  excluir,  neste  trabalho,  os  aspectos

                            externos  que  a  geraram:  como  o  momento  histórico  nacional,  o  quadro  da

                            saúde no Brasil ou a relação do médico que se quer formar com a política de


                            saúde no país. Nesse sentido, o pressuposto desta investigação está centrado

                            na constatação de que, ao longo do tempo, surgiram diferentes concepções

                            de  Saúde  Coletiva  e  essas  influenciaram  tanto  no  ensino  específico  desse

                            campo do saber como na formação geral do médico.



                                            Como  entender  a  formação  acadêmica?  Como  formar  o

                            médico?  Qual  a  melhor  forma  de  ensinar  a  Medicina?  Afinal,  qual  é  o


                            interesse de fazer um trabalho sobre o ensino da Saúde Coletiva e por que ele

                            se justifica?


                                            Sem  a  pretensão  de  tecer  uma  teoria  da  educação  ou  de


                            enfrentar o complexo debate pedagógico sobre os procedimentos do ensino, o

                            presente capítulo tem como objetivo situar  os pressupostos  pedagógicos da

                            pesquisa para que se possa analisar as tendências educativas na formação

                            médica.



                                            No  campo  da  educação,  é  possível  situar  três  grandes

                            modelos ou correntes do ensino que, de um modo geral, norteiam os projetos

                            pedagógicos, suas práticas educacionais e até mesmo as relações entre  os


                            professores  e  estudantes.  São  elas:  o  empirismo,  o  inatismo  e  o

                            construtivismo (Macedo, 2002).
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