Page 103 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO III  A AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO MÉDICA NO BRASIL



           dos serviços; o grau de institucionalização do projeto, tanto na universidade
           quanto no âmbito do serviço público; a articulação interprogramática com
           outras  profissões  da  saúde;  e  a  apresentação  de  propostas  criativas  de
           transformação do processo educacional foram alguns dos critérios utilizados
           na seleção dos projetos.
                A proposta, necessariamente formulada em conjunto com o serviço
           público de saúde, deveria ser embasada nos eixos de transformação pelos
           quais o Programa se estrutura:
                Eixo  A: Orientação  Teórica  (Determinantes  de saúde e doença;
                Produção  de conhecimento  segundo  as necessidades  da população
                brasileira e à operacionalização do SUS; e Pós-graduação e educação
                permanente);
                Eixo B: Cenários  de  Prática  (Integração  Docente  Assistencial;
                Diversificação de cenários do processo de ensino; e Articulação dos
                serviços universitários com o SUS); e
                Eixo  C: Orientação  pedagógica  (Análise  Crítica  da  Atenção  Básica;
                Integração ciclo básico/ ciclo profissional; e Mudança metodológica).
                Assim como no PROMED, os eixos do PRÓ-SAÚDE eram compostos
           de vetores e cada um deles é representado por três estágios que partem de
           uma situação mais tradicional ou conservadora do estágio 1, até alcançar no
           estágio 3, a situação e o objetivo desejados, estabelecendo a tipificação de
           cada escola dependendo do estágio em que se encontra.
                Desde  o momento de apresentação  do projeto,  o PRÓ-SAÚDE
           pressupunha a necessidade de um processo de autoavaliação e sugerindo que
           e fosse amplo e participativo, incluindo os serviços e os diversos segmentos
           que  participam  da  formação  profissional.  A  autoavaliação  deveria  estar
           pautada no desenvolvimento dos eixos estabelecidos, e somada à avaliação
           externa que seria desenvolvida,  estabeleceria  um acompanhamento
           contínuo dos processos de mudança por parte dos Ministérios da Saúde e
           da Educação.
                Para coordenar esse  acompanhamento  a Comissão  Executiva  do
           Programa  Nacional  de  Reorientação  da  Formação  Profissional  em  Saúde

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