Page 99 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO III  A AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO MÉDICA NO BRASIL



           envolvimento  do maior número de professores  e estudantes do maior
           número possível de áreas e departamentos.
                Aproximadamente  50 escolas  de todo o país apresentaram suas
           propostas, seguindo o Termo de Referência do Programa. Foram selecionadas
           20 escolas e 19 passaram a receber, a partir de 2003, os recursos financeiros
           para o desenvolvimento das atividades (seis parcelas semestrais de R$ 200
           mil).
                Essa iniciativa fortaleceu sobremaneira os processos de mudança nas
           Escolas  Médicas  que  foram  contempladas  com  o  financiamento.  Muitas
           delas se tornaram referência para as demais escolas do país na busca do
           atendimento às Diretrizes Curriculares. Apesar de positivo, esse movimento
           se  deu  de forma  desorganizada, pois  não  houve  por parte do Ministério
           da Saúde um acompanhamento efetivo  dessas  escolas,  nem tampouco  o
           interesse em promover a troca de experiências com as demais instituições.
                Durante  os primeiros  dois  anos de desenvolvimento  dos projetos,
           poucas  foram as oportunidades de interação  das escolas  envolvidas. Em
           2003, em virtude da mudança no Governo Federal, novas políticas entraram
           na agenda do Ministério  da Saúde com  maior prioridade,  embora os
           princípios dessas políticas não se conflitassem com os do PROMED. Até
           2004 houve uma única sessão conjunta dos coordenadores dos projetos/
           diretores  das escolas  com a equipe do Ministério,  durante o  Congresso
           Paulista de Educação Médica (Marília, abril/2004), e em 2005, por iniciativa
           dos diretores  e coordenadores das escolas  envolvidas, uma reunião no
           Ministério  (Brasília,  março/2005),  na  qual  a  avaliação  dos  projetos  e  do
           programa foi um dos principais assuntos debatidos.
                Em 2005, com a finalidade de construir um referencial de avaliação
           para as escolas médicas, a Rede UNIDA promoveu uma oficina de avaliação
           dos  Projetos  do Programa,  procurando  fazer  com  que  o  PROMED  fosse
           reconhecido como um importante multiplicador de mudanças.  A ideia era
           promover espaços de interação dos projetos, de encaminhamentos e para
           replicação de experiências positivas.
                A  Oficina  teve  por  objetivos:  promover  o  intercâmbio  dos  projetos,
           principalmente  em  relação  aos  processos  desenvolvidos;  identificar  os


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