Page 109 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
P. 109

C APÍTULO III  A AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO MÉDICA NO BRASIL



           seu espaço nos Congressos Brasileiros de Educação Médica e valorizando a
           avaliação como indutora de mudanças:

                     (...) O desafio atual é nos organizarmos para garantir que as diretrizes
                     sejam  implementadas,  e  que  o  Ministério da Educação incorpore suas
                     premissas  nos  mecanismos  oficiais  de  avaliação.  Muitas  iniciativas
                     inovadoras vêm sendo implementadas pelas escolas médicas brasileiras, e a
                     ABEM convida a todas a engajarem-se num debate amplo sobre avaliação
                     que mais uma vez demonstre a capacidade auto-crítica das lideranças da
                     educação médica, que inclui docentes, gestores e alunos. (ABEM, 2004:
                     01)


                A ABEM com  essa  iniciativa  assumia  a liderança  no  processo  de
           discussão da avaliação da Educação Médica e nas palavras da Diretoria à
           época, expressava seu compromisso:


                     (...) nossa tarefa no Fórum e nos momentos subseqüentes é complexa e
                     instigante, e avança para um patamar de constituição, no médio prazo,
                     de grupos de estudiosos da avaliação nas escolas, formulando processos
                     formativos  e  democráticos  que  envolvam  gestores,  docentes,  alunos,
                     parceiros  dos  serviços  de  saúde  e  organizações  sociais,  bem  como  os
                     usuários. (AGUIAR, 2004: 04)


                 Em relação às ações do governo, a partir de 2003, com a discussão
           ampliada  do  modelo  vigente  de  avaliação  no  processo  de  construção  do
           SINAES, a discussão dos instrumentos de avaliação das condições de oferta
           dos  cursos  de  graduação  ficou  em  segundo  plano  na  programação  das
           atividades do INEP e com o avanço na implementação do SINAES, passou
           a ser discutida em um outro contexto, integrando o processo de avaliação
           institucional da Educação Superior.
                Em outubro de 2003, a ABEM realizou uma oficina para promover a
           discussão sobre a proposta do SINAES, com a participação do MEC e do
           MS.  Ao  final  da  discussão,  definiu-se  por  alguns  posicionamentos,  entre
           estes, que as escolas médicas e entidades representativas concordavam com

           96
   104   105   106   107   108   109   110   111   112   113   114