Page 144 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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papel fundamental e deve ser colocada a serviço da qualidade pedagógica do
curso de graduação.
A avaliação deve buscar a melhoria das condições de ensino-
aprendizagem e ser capaz de identificar as potencialidades e fragilidades
do curso. Deve ser um contínuo repensar sobre a formação, estimulando
a mudança e a transformação, tendo como referência a excelência técnica
e a relevância social do curso, bem como sua capacidade de dar respostas à
sociedade.
O Curso de Medicina da UEL tem uma extensa trajetória avaliativa.
Desde o início dos anos 90, participou de várias iniciativas de avaliação no
contexto nacional. Foi o primeiro curso a aderir à proposta da Comissão
Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico – CINAEM e
participou de várias ações avaliativas no contexto do Programa UNI. Com
a implantação do currículo integrado, ocorrida em 1998, foram criadas
as comissões de apoio ao Colegiado com a preocupação de acompanhar
permanentemente seu desenvolvimento. Uma delas foi a comissão de
avaliação, responsável pela avaliação do processo de ensino-aprendizagem e
também pela avaliação do curso, valorizando a importância da avaliação no
processo de formação. (PERIM, et al, 2005)
Durante a implantação do currículo integrado, a Comissão de Avaliação
desenvolveu diversos processos avaliativos envolvendo estudantes, docentes
e coordenadores de módulos ou séries, utilizando-se de técnicas como a
autoavaliação, a avaliação inter-pares, a avaliação pelo tutor, testes de
progresso, entre outros. Os instrumentos utilizados integravam a avaliação
do processo de ensino-aprendizagem e permitiram, embora de forma
assistemática, o acompanhamento do currículo durante a formação da 1ª
turma (1998 - 2003).
Em função das dificuldades de organização e sistematização das
informações, decorrentes da falta de integração das avaliações realizadas até
então, e respaldados pelas diretrizes curriculares nacionais vigentes à época,
onde estão previstos o acompanhamento e a avaliação do próprio curso, e
não apenas do processo de ensino-aprendizagem, e ainda a formatura da 1ª
turma, sentiu-se a necessidade de ampliação do modelo adotado, de forma a
compreender a avaliação do curso como um todo.
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