Page 151 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO V A AVALIAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA DA UEL
Com o foco de avaliação ampliado, foram ouvidos diferentes atores,
diversificando os instrumentos e metodologias de coleta de dados, de
forma a contemplar os diferentes olhares para as dimensões do curso. Os
principais instrumentos foram as Reuniões de Avaliação e os Questionários,
desenvolvidos especificamente para cada segmento. Também foram
utilizadas entrevistas e Reuniões com Serviços de Saúde e a Comunidade. A
escolha se deu em função dos diferentes níveis de envolvimento dos atores
com o curso.
a) Reuniões de Avaliação Internas
As reuniões de avaliação foram realizadas utilizando-se o método de
construção coletiva de consenso, adotado por RIFKIN (1988), a partir da
análise da matriz do curso construída coletivamente, que apresenta três
níveis dos descritores de cada um dos indicadores, contemplando todas as
dimensões da avaliação interna. Os níveis dos descritores representam o
estágio em que se encontra o indicador, sendo que o nível 1(um) caracteriza
um curso mais conservador, voltado para o modelo hospitalocêntrico; o nível
2 (dois) um curso intermediário introduzindo mudanças; e o nível 3 (três)
um curso inovador, voltado para o atendimento das diretrizes curriculares
da área. A matriz é preenchida em conjunto com base nas impressões de
cada um a respeito do curso, e em informações, dados e apreciações já
disponíveis. (LAMPERT, 2002)
Durante a discussão o grupo deve classificar cada aspecto entre os níveis
1 a 3, construindo sua opinião sobre o curso. É importante esclarecer que
quanto mais próxima do grau 3 estiver a pontuação sobre um determinado
aspecto, mais de acordo com as diretrizes curriculares o mesmo se encontra.
Cabe ressaltar que nas reuniões de avaliação o objetivo foi realizar
um estudo qualitativo, buscando a representatividade dos segmentos
envolvidos (professores, estudantes, funcionários, lideranças institucionais,
ex-alunos, e lideranças comunitárias) para a validação dos resultados, ao
invés de buscar a participação numérica.
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