Page 165 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO V A AVALIAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA DA UEL
integração básico-clínico, integração entre academia e serviços, educação
permanente, mundo do trabalho, humanização, cidadania, entre outros,
dizem muito mais do que o significado literal das palavras, e que quando
transformados em práticas, produzem sentidos.
Para poder captar esse universo era preciso construir instrumentos
que fossem capazes de traduzir a pluralidade do curso, e ao mesmo tempo,
as suas especificidades; que fossem amplos sem ser genéricos; e que
favorecessem o olhar interno e o olhar externo, o olhar acadêmico e o olhar
comunitário.
Por esse motivo a escolha da abordagem qualitativa e quantitativa,
na tentativa de abranger a complexidade do processo. Conforme relatado,
foram construídos questionários específicos para cada segmento: (a)
questionários sobre o curso como um todo, para lideranças institucionais,
docentes, estudantes, funcionários, residentes, ex-alunos, e profissionais
de saúde dos serviços; e (b) matriz de avaliação que contemplava todas
as dimensões do curso e era preenchida nas reuniões de avaliação que
favoreciam as discussões com cada segmento, de acordo com sua atuação no
curso, incluindo além dos segmentos já citados, as lideranças comunitárias.
A organização do trabalho de campo também contou com a participação
de mais docentes, funcionários e estudantes, estes mais na segunda etapa
do projeto, inclusive participando de forma institucionalizada, a partir
do credenciamento do projeto de avaliação como projeto de ensino na
universidade.
Desde o início, foi adotada a estratégia de produzir informes avaliativos
com o objetivo de informar a comunidade interna sobre as etapas realizadas,
dando transparência ao processo, mantendo a avaliação sempre em foco,
e motivando a participação permanente dos atores envolvidos. Além dos
informes, foram utilizadas faixas para divulgar as reuniões de avaliação,
e matérias de divulgação, algumas publicadas na mídia impressa local, e
outras, no próprio boletim informativo do Curso, o medicin@.
De acordo com Minayo (2005), em um processo avaliativo, merece
relevância a dinâmica de comunicação de resultados. ”Durante o trabalho
ou ao final dele é preciso valorizar a comunicação de informações, que
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