Page 171 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO V A AVALIAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA DA UEL
profissionais de saúde e questionários para os pacientes); e propondo um
novo cronograma para a realização da visita da comissão externa.
Apesar do envolvimento de novos participantes na aplicação dos
questionários para a comunidade externa local (profissionais de saúde do
AHC, do HU, das UBS, da Maternidade Municipal e demais Hospitais dos
Serviços de Saúde do município; e pacientes atendidos pelos estudantes
dos módulos de interação ensino, serviços e comunidade e do internato) no
início de 2005, e do movimento positivo que causou principalmente no AHC
e no HU com a participação voluntária efetiva das assistentes sociais, dos
pacientes e de seus familiares, a avaliação realizada nesse segundo momento
repercutiu muito pouco nos demais espaços do curso.
A sistematização e a análise dos resultados da segunda etapa
mobilizaram novamente o grupo central, o pessoal de apoio e alguns
docentes, mas a retomada do processo se deu por ocasião da elaboração
do Relatório Final, essencial para a realização da avaliação pela Comissão
Externa. Neste momento foram necessárias novas análises, novas reflexões
e novas sínteses de forma a integrar todas as ações em um único documento
que pudesse retratar o processo avaliativo e traçar um diagnóstico do curso.
A eficácia da avaliação externa para Dias Sobrinho (1998b) está
ligada às condições produzidas no momento anterior, “ou seja, em grande
parte depende da qualidade, utilidade e pertinência dos dados de base, ou
ainda das condições que essa organização fatual apresenta para que sejam
interpretadas e transformadas em juízos de valor e proposição operacionais”.
(DIAS SOBRINHO, 1998b:73).
Agentes externos colocam seus conhecimentos técnicos, suas experiências
e suas competências éticas a serviço da melhoria das estruturas e dos
processos do universo avaliado com a vantagem de oferecerem uma visão
complementar não muito banhada das tensões do cotidiano e nas relações
de poder daquela determinada universidade. (DIAS SOBRINHO,
1998b:73).
Nessa perspectiva, a comissão externa teve uma atuação importante,
não só visitando instalações, mas participando de atividades, ouvindo as
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