Page 176 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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O curso já vinha realizando o Teste de Progresso desde 1998, utilizando
a mesma prova para os estudantes de todas as séries. A experiência da UEL
(Londrina-PR) e da FAMEMA (Marília-SP) foi analisada pela Diretoria
de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior – DEAES quando da
elaboração do ENADE. O teste permitia o acompanhamento das turmas
no desenvolvimento do novo currículo e vinha sendo aperfeiçoado com
a participação de colaboradores das áreas de estatística e de avaliação, e
pela troca de experiências com outras Instituições de Ensino Superior que
passaram a aplicá-lo. Apesar de sua eficácia na verificação do progresso no
conhecimento cognitivo dos estudantes no decorrer do curso, não fornecia
dados suficientes para atestar a qualidade do curso em relação ao cenário
nacional.
Mesmo com as imperfeições que a prova do ENADE pode apresentar
como instrumento construído para medir a qualidade da formação
profissional do médico, a concepção do Exame; a abrangência nacional; e
a aplicação em diferentes momentos do curso; são elementos importantes
que justificam a consideração de seus resultados.
Como parte integrante do SINAES, o ENADE também passou por
diversas modificações desde sua criação, embora na essência, tenham sido
mantidos os objetivos iniciais de aferir o desempenho dos estudantes em
relação aos conteúdos programáticos previstos nas Diretrizes Curriculares
de cada curso de graduação, visando a melhoria da qualidade do ensino. Em
2014, quando completou 10 anos, trouxe algumas inovações, em especial
na obrigatoriedade de resposta ao Questionário do Estudante e o tempo
mínimo de permanência do estudante na sala de aplicação da prova.
Nesse período, uma das mudanças mais significativas se deu em
relação ao número de estudantes avaliados. Nos primeiros anos o ENADE
utilizou-se de amostragem aleatória, garantindo a sua representatividade
em relação à população de cada curso. Desde 2009 passou a ser realizado de
forma censitária, tornando-se obrigatório a todos os concluintes dos cursos
de graduação das áreas avaliadas a cada ano, proporcionando um panorama
mais abrangente do desempenho dos estudantes.
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