Page 51 - AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO MÉDICA
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C APÍTULO I EDUCAÇÃO SUPERIOR E AVALIAÇÃO
O Programa possuía dotação financeira própria e as universidades, por livre
adesão, se candidatavam aos editais propostos pelo MEC.
Os projetos, com duração média de dois anos, deveriam prever três
fases: a) Avaliação Interna ou Autoavaliação realizada pela comunidade
universitária; b) Avaliação Externa realizada por especialistas das áreas de
conhecimento e/ou representantes da sociedade; e c) Reavaliação com o
objetivo de reunir e discutir os resultados das fases anteriores, estabelecendo
ações para a melhoria da qualidade dos cursos e o aperfeiçoamento de seu
projeto pedagógico.
De acordo com seus proponentes, a avaliação realizada com a
implantação do PAIUB nas Instituições de Ensino Superior, significaria
acompanhar metodicamente as ações a fim de verificar se as funções
e prioridades determinadas coletivamente estavam sendo realizadas e
atendidas; e, seria institucional à medida que, tanto de um modo geral
quanto específico, procurava levar em consideração, na universidade, os
diversos aspectos indissociáveis das suas múltiplas atividades-fim e das
atividades meio, necessárias à sua realização. Considerava cada uma das
dimensões – ensino, produção acadêmica, extensão e gestão – em suas
interações, interfaces e interdisciplinaridades; e, em consequência, buscava
proceder a uma análise simultânea do conjunto de dimensões relevantes ou
hierarquizava cronologicamente o tratamento de cada uma delas, a partir de
prioridades definidas no âmbito das instituições e dos recursos disponíveis
(COMISSÃO NACIONAL DE AVALIAÇÃO, 1993).
Autores eram unânimes na defesa do PAIUB como modelo para
avaliação das IES:
Para Santos Filho (1999), o ponto principal era a garantia da autonomia
das universidades:
(...) O modelo de avaliação institucional adotado ficou em grande medida
sob a liderança das próprias universidades, recompondo-se o equilíbrio de
poder entre estas e o governo. As universidades passaram então a aderir
com mais segurança à política de avaliação institucional do governo,
uma vez que viam no modelo adotado mais uma expressão das propostas
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