Page 177 - DOENÇA MENINGOCÓCICA - VOLUME 2 - DIGITAL
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INTERAÇÃO DOS FATORES CONSIDERADOS NA ECLOSÃO EPIDÊMICA DA DOENÇA MENINGOCÓCICA
Estadual de Londrina, enquanto a população da mesma origem correspondia
a 7,2% do total do Município . Nesta população, os hábitos coletivos são
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muito frequentes, intradomiciliares ou relativos a atividades associativas ,
estando assim mais exposta ao fator aglomeração, porém quanto a seus
costumes alimentares, não diferem muito da população não nipônica de
nível econômico semelhante ;
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- Morbidade excessivamente alta entre lactentes e pré-escolares ,
considerando que, em relação à desnutrição, é uma faixa etária que também
paga um ônus desmedidamente maior em relação aos outros grupos, sendo
possível questionar se estaria essa alta morbidade vinculada à deficiência
da resposta imunocelular, por sua vez associável a um mais baixo padrão
nutricional da população mais atingida.
É de observação constante o predomínio da DM nos mais baixos grupos
etários, mas acima dos 6 meses de idade, após a perda dos anticorpos maternos.
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No Município de Londrina, 80% dos casos ocorreram até os 14 anos . O estudo
das correlações indicou que, provavelmente, a associação da doença com baixa
renda foi derivada, em boa parte, do predomínio da morbidade na população
de crianças pela coincidência de maior proporção de menores de 14 anos na
população de menor renda, mas, em parte também, devida primariamente ao
nível de renda.
A baixa frequência da morbidade observada entre os adultos obedeceu à regra.
Nesta população costuma ser elevado o nível de anticorpos antimeningocócicos;
ANDERS & DEAL referiram, de 80% de adultos sãos com anticorpos, a raridade
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da doença também entre os 20% sem anticorpos. Entretanto, níveis semelhantes
foram determinados em escolares, também fora de surtos, por LOMBOS &
BOURGON .
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Entre lactentes e estendendo-se aos menores de 5 anos, em que a DM
predomina, o nível de anticorpos tem-se mostrado sempre menor 92, 108, 128 . Isto
certamente está relacionado à perda dos anticorpos maternos a par de um
convívio social ainda reduzido. É possível que essas crianças adoeçam com
maior frequência quando expostas ao agente infeccioso não só por insuficiente
nível prévio de anticorpos, mas, principalmente, por menor condição de resposta
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